“O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós” Santa Irmã Dulce dos Pobres
Por Gregório Ventura e Eliane Ventura
É fácil perceber como a humanidade caminha para o egocentrismo, e se distancia cada vez mais da capacidade de se preocupar com o outro. Assim também como é perceptível a cultura de morte e solidão instalados. Crianças, jovens e adultos são cada vez mais aprisionados por tristezas profundas, um vazio existencial que os faz questionar cada vez mais sobre o sentido da vida. E na busca por respostas fazem uma viagem cada vez mais para dentro de si próprios, quando o real caminho destas respostas é para fora, fora de nós mesmos, e no encontro com o outro.
O dia-a-dia nos remete a tantas coisas a fazer, numa necessidade instintiva em “cuidar de nossa vida”, que nos sobra pouco tempo para prestar atenção genuína e verdadeira no outro e em suas necessidades. Quantas preocupações e quão frenética a nossa correria, que não mais percebemos que esta roda giratória nos deixou mais egoístas e menos sensíveis! Será que o que nos traz a verdadeira alegria é apenas “cuidar de nossas coisas”? Ou também ter tempo e disposição interior para cuidar dos outros, principalmente daqueles que mais necessitam!? Neste fim de semana tivemos a canonização da Irmã Dulce, chamada de anjo bom da Bahia, que nos ensina com sua vida a alimentar a bondade que se transforma em obras concretas com o próximo.
A bondade traz um enorme equilíbrio para a vida, principalmente nos deixando mais felizes e realizados por causa da alegria em ajudar e partilhar com o outro. A bondade pode se manifestar em um gesto de gentileza em casa, no trânsito, no trabalho, em ambientes sociais, pode ser um gesto amoroso com um desconhecido que precisa de uma ajuda imediata. Um gesto que gera sorrisos, que pode devolver a alegria de alguém, devolver ate mesmo o sentimento de que ela é de fato uma pessoa especial.
A bondade
A bondade é manifestação de humanidade. O poder da bondade que se manifesta no compromisso social em ajudar os mais necessitados, que nos arranca do nosso egoísmo, nos tornando melhores como pessoas. A bondade transforma a quem ajudamos e tem a força de nos transformar simultaneamente.
Nossa identidade como pessoas se qualifica nos gestos bondosos, aumentando nossa capacidade de amar e ser amado. Praticar a bondade é um aprendizado que nasce da consciência, invade o coração e se torna realidade, mesmo nos dias cansados, onde a dor ou a necessidade do outro nos faz “parar” diante da correria.
A bondade alimentada no coração se torna um equilíbrio de vida, um compromisso racional e humano com aqueles que precisam de nós. Num nível mais avançado da bondade aprendemos a fazer tudo por amor, de forma gratuita, sem interesse ou desejo de algo em troca, apenas pela alegria em ver o outro feliz, com sua dor mais aliviada ou com mais esperança.
Pessoas bondosas são empoderadas de força interior e capacidade de vencer a si próprias. Olhemos para Cristo, nem mesmo a cruz o destruiu! Ou os santos de nossa devoção, continuam vivos ao exalarem seu exemplo de amor! Eles nos ensinam que, ao contrário do que o mundo prega, vale a pena ser bom! A bondade traz alegria para a alma e o sentido para nossas vidas! A Bondade nos faz compreender o real significado de Ser Humano!
E você, como tem vivenciado o poder da bondade em sua vida?!
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